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14/11/2016 | Sexta de ideias

O telefone toca.

A dona da casa deixa dar três toques e atende.

“Tá ótimo, tá ótimo”, responde apressadamente, e devolve o aparelho à base.

É o velho e bom telemarketing.

O atendente da operadora quer saber se a cliente aprova o serviço -pela conversa, não parece saber de quem se trata do outro lado da linha.

Dilma desliga e murmura: “Às vezes eu finjo ser outra pessoa. Às vezes eu sou a Janete”.

E sorri, como quem se diverte com a traquinagem de enganar telefonistas.

Trecho de uma entrevista concedida nesta semana, Dilma Rousseff também já “fugiu” do telemarketing, assim como eu ou você.

Por que será que todos nós já fomos “Janete” ao atender aquela voz tão simpática quanto desconhecida?

Talvez porque as empresas ainda não consigam responder com clareza, a três questões:

Para quem estou ligando?

O que de “bacana” tenho a dizer?

Será que o telefone é a melhor forma para este contato?

Se conseguíssemos alinhar estas três questões, as Janetes desapareceriam e resgataríamos as Anas, as Marias, as Martas, quem sabe até as Dilmas.

Precisamos retomar a dignidade que o telefone já teve no passado, sua capacidade em aquecer um contato, avaliar relevâncias e manter vínculos.

Antes de iniciar as 120 ligações do dia, toda “telefonista” deveria recitar o seu mantra: Com quem vou falar? Por que deveriam me atender? Será que minha ligação fará o destinatário feliz?

Desta forma, evitaremos o “impeachment” do telemarketing e o resgate de relações republicanas entre empresas e seus clientes.

 

Diretor de atendimento e planejamento da Fine Marketing, especialista em comunicação dirigida e varejo. Atua também como consultor em treinamento de equipes comerciais.

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