Semana passada, participei de um encontro da minha família.
Imigrantes libaneses que chegaram ao Brasil, na segunda década do século passado, somos hoje mais de 500 brasileiros em 5 gerações.
Decidimos propor um encontro para conhecer ou resgatar os parentes ao som de um “dabke” e ao sabor de um carneiro recheado.
Dos 300 nomes aptos ao convite, cerca de 80 responderam positivamente e estiveram em Avanhandava, cidade do interior de São Paulo, onde os primeiros Adas compraram uma “lojinha”.
Encontro de família é sempre desafiante, um “case” de marketing.
O tempo passa, a vida evolui e sempre há o risco de que o único aspecto comum a todos seja o sobrenome, a marca.
Neste contexto, como motivar a adesão ao encontro?
Levantando causas e provocando o relacionamento.
O cardápio é sempre um atrativo.
Árabes têm particular apreço pela mesa e tudo de importante a dizer ou discutir, ocorre entre pratos (vários) e porções (fartas).
O mastigar confunde-se com o refletir e a pausa é sempre bem vinda a ambos.
Um outro aspecto importante é o local do encontro, um espaço capaz de promover a interação, com mesas na varanda de uma casa e o buffet “lá dentro”.
Na busca por mais uma esfiha, você se depara com a tia que te pegou no colo, décadas atrás…
Por fim, a apresentação das pessoas é sempre um fator fundamental.
Há uma tendência natural de acomodação e se não houver ações motivadoras ao “welcome” o evento fica mais gastronômico do que social.
Assim também ocorre com as empresas.
Ávidas pela atração de clientes, oferecem cardápio completo mas se esquecem de aprofundar relações.
Coquetéis de lançamento, jantares de apresentação, viagens patrocinadas, brindes diferenciados, tudo isso motiva a atração de consumidores, mas eles vão se tornar clientes se adotarem sua marca, se saírem do almoço falando do cardápio mas, sobretudo, de como foi boa a experiência como um todo…
“Sexta de ideias” é o Informativo semanal da Fine Marketing.
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